segunda-feira, 29 de junho de 2009

Morreu Michael Jackson... jovem, como todo astro da música que se preze.
Na verdade, a morte foi apenas um detalhe. O músico era sombra do enorme sucesso que ostentara no passado. O grande talento era ofuscado pelas esquisitices e pelos transtornos de personalidade.
Apesar de todos os escândalos que rondaram os últimos anos da vida do cantor, o vazio deixado pelo seu desaparecimento é latente. Talvez muito mais pela figura do menino precoce do grupo Jackson's 5 do que pela bizarra celebridade dos últimos anos.
A grande desenvoltura nos palcos, com os passos inesquecíveis do "Moon Walk", os clips inigualáveis serão para sempre a marca registrada do artista.
O que entretanto nos provoca a reflexão, é a criatura que M. J. se tornou. Alguém que aparentemente não tinha sexo, não encarava a vida como qualquer pessoa "normal", cultivava hábitos extravagantes até para os mais extravagantes de Hollywood, se autodenominava Peter Pan, dentre outras bizarrices.
A sua morte foi extremamente melancólica. Apesar de até a presente data não sabermos grandes detalhes do ocorrido, fato é que o artista estava cadavérico. Alguns sites informaram que Michael estava praticamente careca. A cabeleira ostentada era peruca!
Estava viciado em muitos medicamentos, alguns de forte poder colateral.
Como imaginar que nesse estágio deplorável, seria capaz de realizar 50 apresentações em Londres?
Pra tornar mais dramática a sua existência, a mãe de dois de seus três filhos vem a público informar que Michael não é o pai biológico das crianças, algo aliás mais visível que petróleo no Alasca. Ele, sendo negro, jamais poderia conceber crianças caucasóides.
Enfim, resta saber se para ele valeu a pena. Sei que muitos dirão que ele é imortal, que sua obra estará para sempre disponível para quem quiser ouvir, etc, etc. Mas será que ele repetiria tudo exatamente como ocorrreu?
Será que não gostaria de eliminar as atrocidades sofridas pelo pai durante a infância? Será que não gostaria de ter brincado livremente como qualquer ser humano?
Será que ele gostaria mesmo de ter feito todas aquelas cirurgias plásticas que o transformaram?
Será que repetiria o flerte com práticas libidinosas a ele atribuídas?
Obviamente essas respostas não podem ser respondidas. Apenas não podemos esquecer que por trás do grande ídolo existiu o homem, que certamente padecia suas agruras na solidão da fama. De que adianta ganhar o mundo inteiro quando se tem uma vida como a de Michael Jackson?

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