segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Ano Eleitoral

Este blog tem se especializado em aparecer a cada seis meses. Menos mal. Antes tarde do que nunca.
Este ano de 2010 apresenta-se como ano da grande eleição. Troca-se o presidente da república, os governadores, senadores, deputados federais e estaduais.
Mais uma vez, a política brasileira manifesta fortes sinais de que necessita evoluir e muito. A verdadeira salada das coligações, sem qualquer respeito entre as coligações nacionais e as regionais, demonstram que, no mínimo, precisamos urgentemente de uma reforma política, de forma a limitar e regulamentar essa grande quantidade de partidos políticos.
Existem uma série de siglas de aluguéis, que se vendem exclusivamente para ceder espaço de televisão, com o afã de eleger no máximo um ou dois parlamentares federais no país inteiro, além de outros poucos nos estados.
De outro lado, os grandes partidos não apresentam grandes diferenças ideológicas, de forma a cativar e fidelizar os eleitores. A cada eleição muda-se o discurso.
Exemplo recente disso é o Partido dos Trabalhadores. Antes da posse do Lula, em 2002, era contra o pagamento da dívida externa, era contra a independência do Banco Central, era contra a busca de Superávit Primário, dentre outras coisas. Tentava defender a bandeira socialista já derrotada ao redor do mundo e claramente motivo do pavor dos investidores externos. Causou, dentre outras coisas, a disparada do risco Brasil. Claro que petista nenhum admite isso hoje.
Todavia, como não poderia deixar de ser, o PT assumiu o seu papel de importância no país e reviu seus "ideais" de "esquerda", e com isso tornou-se um exímio representante liberal "socialista", ou seja, defendia claramente o controle fiscal, com liberdade ao mercado e pouca intervençao do estado na economia, sem entretanto abrir mão de programas sociais, que dentre outras coisas lhe garantiriam a perpetuação no poder.
Como podemos ver, o PT mudou, e ficou cada vez mais parecido com os demais partidos políticos brasileiros. Ou seja, perdeu sua identidade ideológica e passou a ser tão fisiologista quanto os demos e os herdeiros do MDB.

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