sábado, 9 de fevereiro de 2008

Cartão Corporativo

Os cartões corporativos têm tomado espaço na mídia esses últimos dias, ao ponto de derrubar uma Ministra de Estado. A sua utilização advêm do governo anterior (FHC) e se difundiu amplamente na Era Lula.
Acredito que a concepção é válida e meritosa. A burocracia governamental impede muitas vezes a tomada de providência urgente para um sinistro ou calamidade. Cito como exemplo casos de epidemias, em que se deve urgentemente montar barreiras sanitárias nas fronteiras, compras imediatas de vacinas, aluguel de veículos, barcos (no caso da minha região), etc.
Todavia, a argumentação da celeridade burocrática esbarra na esperteza dos oportunistas, que enxergam esta nesta ocasião chance de burla.
O que precisa ser feito é a regulamentação do uso desses dispositivos. Eu mesmo trabalho em um órgão público que utiliza largamente cartões de créditos corporativos e posso testemunhar da sua grande operacionalidade e serventia, principalmente em locais longíquos, onde só podemos encontrar as tradicionais prefeitura, matriz católica e nenhuma agência bancária.,
Agora, certamente não cabe a compra de tapioquinha com esses cartões. Essas regalias têm um perfume da época da ditadura, onde as autoridades tinham até mordomos pagos pelo Erário. Toda e qualquer despesa, mesmo relacinada à pasta e à atividade fim, deve ser justificada por meio de comprovantes e notas fiscais.
Uma boa idéia pode apresentar falhas, como observamos. O que nos resta é aprimorar e avançar cada vez mais.

1 comentários:

Alex Esteves da Rocha Sousa disse...

Também trabalho em órgão público federal e há funcionário (s) com "cartão corporativo", mas tudo é pago com muito cuidado, nada é feito sem absoluta certeza da regularidade da compra. Por falar nisso, ontem mesmo defrontei com mais um exemplo do quanto o serviço público pode ser cuidadoso no que toca ao dinheiro do contribuinte: precisei de umas radiografias a serem cobertas pelo plano de saúde do órgão, e soube que as mínimas coisas precisam passar pelo controle da perícia, que aprova ou não a recomendação do dentista ou do médico, segundo a necessidade e o custo. O controle é rigorosíssimo, muito burocrático, mas quão econômico seria o Governo Federal se os agentes públicos de escalão superior agissem como os pequenos!!!

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